O ex-presidente Lula inicia hoje (31/10) o tratamento quimioterápico de um tumor na laringe. A doença ocorre com maior frequência entre homens, especialmente fumantes e consumidores de bebida alcoólica, caso de Lula e de grande parte da população brasileira que é divertida. O ocorrido vem movimentando a internet, especificamente as redes sociais, com comentários de anti-lulistas e pró-lulistas, alguns recomendando que o ex-presidente procure o SUS para o tratamento e outros repudiando as gracinhas com a doença do ex-presidente.
Este blog é um espaço apolítico, afinal de contas, entre os blogueiros que aqui postam temos jornalistas de direita, de esquerda, de centro e alguns que acham que o Suplicy é só o pai do Supla. Tomo a liberdade de ocupar este espaço apenas para apontar como é curiosa e sarcástica a vida. Ao longo das próximas semanas Lula deve começar a perder alguns cabelos, fato já confirmado pela equipe médica. Passaremos a ver este homem, notoriamente conhecido pela sua força, mesmo na época em que era seguidamente derrotado em eleições, pela primeira vez fragilizado.
Desde os tempos de metalúrgico mal lavado, mal vestido e mal assessorado, Lula sempre teve como grande trunfo o poder de sua oratória. Na época, essa oratória, aliada à uma postura de força foi suficiente para conquistas classes operárias, mas não o país todo. Reciclado, ele soube aliar essa poderosa oratória à uma figura carismática e dessa vez sim, tornou-se um dos presidentes mais populares de todos os tempos. Sabendo usar como poucos as ferramentas oferecidas por um discurso poderoso, Lula tem sua maior arma ameaçada.
O ex-presidente descobriu o câncer ao procurar um médico, incomodado com sintomas de rouquidão e dores na garganta. Lula, que completou 66 anos recentemente, deve ser recuperar bem dessa. Segundo a equipe médica, a doença não é tão agressiva. Entretanto, admito que é curioso imaginar este homem, que tem sua imagem tão unida ao poder de sua voz, mesmo que somente por alguns meses, calado.
Resta agora saber se o Corinthians, e sua campanha não recomendada por nenhum cardiologista de boa fé, deixarão que a voz do ex-presidente se recupere.
Bruno Ribeiro, vulgo Pequeno, é jornalista, assessor de imprensa, botafoguense e proprietário de um cachorro da marca Daschund chamado Serafim. Serafim possui dupla personalidade e um senso de humor questionável.
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@pequenoribeiro
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