sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Romário, o Deputado Federal
Em meio a tantos “erres” do futebol como CR7,R9, R10, o que era pra ser imortalizado como R11 está cada vez mais distante de ser lembrado como tal.
Mas o que houve com o precursor, o pioneiro destes erres? Perdeu a majestade? Problemas pessoais ou vida desregrada? Não. Este R simplesmente está se saindo tão bem fora de campo quanto foi dentro.
Romário quando ganhou a eleição para deputado federal só engrossava o rol de piadas políticas com as figuras públicas eleitas, ou tinha seu nome esbravejado nas rodas de pseudo-intelectuais e cientistas políticos como um mal proporcionado pela democracia. No entanto, assim como fez com as torcidas adversárias nos estádios, silenciou todos aqueles que achavam que iria ficar apenas fazendo pose com a Constituição Federal, ou sendo marionete partidária como grande parte dos 513 deputados.
O baixinho começou chamando a atenção atuando na cobrança de probidade no trato da coisa pública referente à contabilidade e orçamentos das obras da próxima Copa que será no Brasil. Divulgou também em seu twitter e no plenário, números que revelam evidente superfaturamento em todas as obras de 2014 que exorbitaram astronomicamente as suas previsões iniciais.
Tem atuado também no maior ingresso do esporte nas escolas e , pasmem, compareceu a 100% das sessões deliberativas do primeiro semestre da Câmara dos Deputados.
Mas o grande trunfo de Romário como deputado está prestes a aparecer para a grande mídia: Seu trabalho frente aos portadores de necessidades especiais.
[caption id="" align="alignnone" width="541" caption="foto: Ailton de Freitas / O Globo"][/caption]
Sua luta vai colher frutos já antes de 2014, com diversos projetos voltados à acessibilidade e inserção social de pessoas com todos os tipos de necessidades. Romário está “desengavetando” dezenas de projetos parados, recusados ou nem apreciados pelo legislativo e reelaborando-os de forma que sejam aprovados em prol dos portadores de todo tipo de deficiência. E se engana quem pensa que tais projetos são apenas de conotação esportiva. São benefícios referentes a jornada de trabalho, previdência social, capacitação profissional entre outros tantos. Me arrisco dizer que o baixinho é tão competente atuando no poder legislativo quanto era na grande área.
Seu nome abre portas. E se é pra ser usado para dar passos largos que pessoas especiais estão ansiosas para dar, que seja gasto sem parcimônia. Romário deixa de ser R11 para entrar para a história. De outra forma, é verdade.
Pra não falar só de política, vou contar um relato do zagueiro Marcos Antônio de Lima, o Índio do Internacional, campeão do mundo, bicampeão da libertadores e com 5 gols em grenais, que, ao ser perguntado por um amigo em Maracaí, sua cidade natal, sobre quem seria o jogador mais difícil de marcar, sua resposta foi de prontidão: O baixinho.
E não era porque o peixe, como costuma ser chamado, era truculento, driblador ou costumava provocar. Pelo contrário. Conversava com o zagueiro, não empurrava, não batia e esperava a bola dele. Mas tinha que ser “A” bola.
Primeira vez que foi acionado, deu um piquezinho e parou. Índio mal precisou acompanhar. Na segunda bola, mesma coisa. Na terceira, idem. Na quarta o baixinho já soltou: “Vai mandar uma bola assim pra sua mãe”.
Na outra oportunidade quando achava que o baixinho não iria, só alcançou a bola quando já estava no fundo das redes.
Este é Romário, surpreendendo e ganhando o respeito dentro e fora dos gramados.
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